Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

VIAJAR OU TURISTAR



“Voyager c’est prendre um chemin sans jamais savoir où on va”.
Viajar é tomar um caminho sem saber aonde ele vai nos levar.

Sempre adorei viajar. Comecei minhas viagens, ainda criança, através da leitura-quando lia produzia uma intensa atividade interior. Num romance imaginava além dos personagens, os ambientes, as cidades, as roupas. Quando passei a ir ao cinema, me encantava com as locações e viajava através das paisagens e da minha constante afirmação de que - um dia vou conhecer esse lugar! Tenho um prazer indescritível ao viajar. Começo sempre, quando há tempo hábil, lendo a respeito do local, dos costumes, da comida típica, dos pontos turísticos e assim vou fazendo um desenho na minha cabeça já me transportando mentalmente para o local.
Turista e viajante são sinônimos, pelo menos, no dicionário. Mas numa viagem são antônimos. É possível reconhecer um turista, mesmo que não esteja numa excursão, porque faz questão de peregrinar ansiosamente por todos-os-pontos-turísticos-e-mais-alguns. Acha que se não tirar foto de tudo, tudo, tudo e não entrarem em cada igreja, museu, a viagem não estará completa.
Mas viajar vai além do circuito mais conhecido de cada cidade e dos álbuns de fotos que são preenchidos na volta para casa. Os viajantes sabem. Por isso, apesar de ser bacana conhecer monumentos históricos - e eu não me roubo desse prazer de olhar, com os meus próprios olhos, aquilo antes visto em filmes, livros, internet – prefiro abrir mão de certas atrações para curtir outros prazeres: tomar um café observando as pessoas que passam, andar pelas ruas sem guia, sem pressa, pronta para me surpreender pelo caminho com uma lojinha diferente, um restaurante só conhecido e freqüentado pelos habitantes locais. Isso dá para fazer onde quer que a gente vá: na cidade do interior de nosso estado ou num outro continente.
Viajar compensa qualquer custo ou sacrifício. Torna nossa mente mais curiosa, nosso coração mais forte e nosso espírito mais alegre. E uma vez que nossa mente tenha se expandido dessa maneira, jamais poderá voltar ao seu tamanho original!
Acredito que sou 70% viajante e 30% turista... Mas estou em constante treinamento para um dia me tornar uma simples viajante!

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