O que é insistente em mim me incomoda. Despeço de mim, ainda que momentaneamente, para não ser quem sou por causa de...
Esta impermanência me cega, me desequilibra, me kika!
Tenho travado duras batalhas e dolorosos combates com este vício dilacerante.
De que tais realidades são feitos os meus sonhos quando durmo?
De onde a força e nitidez dos lugares, das imagens, dos diálogos destes sonhos?
De quantas vidas é feita minha generosa oferta?
De qual verdade estes sonhos me querem falar?
Daquela que não sei?
Daquela que não quero?
Daquela que me anula?
Daquela que me acorda?
Se preciso for, não dormirei mais.
Pra não sonhar estes sonhos me manterei de pé, sob a luz da lua ou das estrelas, porque de pé estão as árvores nuas que se cumprem na fidelidade cíclica da criação.
Sou o cipreste. Sou a paineira. Sou o tronco e raiz. Sou folha e sou galho. Sou vida pra fora da vida, enterrada na verticalidade da luz, na força da crença, na retratação imperiosa da presença instalada neste agora que sou eu.
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